Sunday, February 1, 2009

encontro - IV [ a festa ]

ele sabia que encarar aquele segundo encontro era algo arrisacado. mas fora desafiado:
all this time they had me thinking
love's a boat that's long been sinking
but you made the claim
that taking a chance is embracing the change
I count my blessings knowing you will take me home
decidiu. e partiu. levara na valise poucas coisas. apenas o peso a que estava pronto para suportar. porque também havia decidido que de agora em diante tudo seria mais leve. estava disposto a não estrapolar do presente. não invadiria mais passado e futuro. não mais tão profanamente.
e tinha a festa. não gostaria de perdê-la. era a chance de comemorar o seu dia, juntos. era a chance de expandir mais a intimidade. de refleti-lo [e o seu passado] no espelho dos rostos alheios. mas precavido como ele, sabia que a sua atuação estava reservada ao papel de coadjuvante. mas era assim que aprendera, e gostava. de povoar tudo e todos cautela e atentamente. e foi assim na preparação. já com certa intimidade [a do primeiro encontro], tocou os objetos. mudou-os de lugar. e disse a eles que mais tarde voltariam todos para o mesmo lugar. como deve ser a vida em dias que não há festa.
a noite caiu. e povoaram a pista. e os cantos. a janela. a cozinha. todas as tribos. frevo mulher fora conclamada duas vezes. 
é quando o tempo sacode
a cabeleira
a trança toda vermelha
um olho cego vagueia
procurando por um...
o ritmo não era mais um adágio. começara a entender o carinho dos pés com seu passo sôfrego.
love won't bring me down

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